O que é “demissão silenciosa” — e por que ela cresce

“Demissão silenciosa” descreve quem segue trabalhando, mas sem engajamento emocional. Não é preguiça: é autoproteção quando o corpo e a mente chegam ao limite. Sem pausas, reconhecimento ou propósito, o cérebro entra em modo economia de energia para tentar sobreviver ao ritmo.

Sinais comuns no dia a dia

  • Fazer só o mínimo para não ser demitido.

  • Cansaço constante, mesmo após fins de semana.

  • Irritabilidade, insônia ou apatia crescentes.

  • Reuniões viram gatilho de ansiedade; a vontade de comer por impulso aumenta.

O que acontece no corpo: cortisol alto, sono ruim e compensação no prato

  1. Cortisol sempre alto
    O hormônio do estresse sobe quando a rotina vira maratona. A curto prazo, mantém você “de pé”; a longo prazo, derruba imunidade, atenção e humor.

  2. Sono quebrado = fome desregulada
    Poucas horas de sono reduzem leptina (saciedade) e aumentam grelina (fome). Resultado: fome emocional por doces, café e ultraprocessados.

  3. Reforço negativo
    Comer para aliviar ansiedade traz conforto curto, culpa depois — e o ciclo recomeça. Sem intervenção, vira burnout ou compulsão alimentar.

Por que produtividade sem pausa custa caro (para a empresa também)

  • Mais afastamentos por transtornos mentais e físicos.

  • Queda de criatividade: o cérebro em estresse crônico “pensa curto”.

  • Perda de talentos (os melhores saem primeiro).

  • Clima tóxico alimenta a demissão silenciosa de quem fica.

Produtividade de verdade acontece quando existe um ritmo sustentável. O resto é queda anunciada.

3 passos para quebrar o ciclo (começando hoje)

1) Pausas programadas (5 minutos a cada 90 de foco)

  • A cada 90 minutos de trabalho profundo, levante, alongue, respire 4‑2‑6 (inspira 4s, segura 2s, solta 6s).

  • Defina alarmes ou use a agenda para que a pausa não dependa da “boa vontade”.

2) Lanche consciente no meio da tarde

  • Proteína + fibra (ex.: iogurte natural + chia; fruta + castanhas) estabiliza glicemia e evita “pico → queda → mais doce”.

  • Água antes do café: parte da fadiga é desidratação disfarçada.

3) Diálogo franco com a liderança

  • Descreva carga real x capacidade.

  • Sugira priorização: o que não cabe precisa ser adiado, delegado ou cancelado.

  • Proponha experimentos de bem‑estar (reuniões de 25/50 min, blocos “sem call”, horários flex em semanas críticas).

Se já passou do limite: quando é burnout?

  • Esgotamento emocional (“não tenho mais de onde tirar”).

  • Cinismo/despersonalização (irritação com clientes/colegas, sensação de inutilidade).

  • Queda de eficácia (erros frequentes, procrastinação extrema).

Burnout é diagnóstico médico e requer intervenção multiprofissional. Não normalizar sinais é parte do cuidado.

Como a Síncrona ajuda (pessoas e empresas)

Para profissionais (individual):

  • Psicologia (regulação emocional, manejo de ansiedade, organização de limites).

  • Nutrição Comportamental (sair do ciclo estresse → açúcar/café → culpa).

  • Rotinas de Movimento e respiração para baixar cortisol.

Para empresas (B2B):

  • Programas integrativos de bem‑estar: Psicologia, Nutrição, Movimento.

  • Workshops sobre burnout, alimentação emocional, pausas ativas.

  • Rodas de conversa para criar pertencimento e cultura de cuidado.

  • Métricas claras (absenteísmo, engajamento, NPS interno) para provar ROI.

Checklist rápido (imprima e marque)

  • Tenho comido mais doces/café para “aguentar” a tarde.

  • Durmo, mas acordo cansado.

  • Trabalho sem pausas reais.

  • Sinto culpa por não render (mesmo exausto).

  • Já pensei em pedir demissão, mas não tenho energia nem para isso.

  • Não lembro a última vez que respirei fundo durante o expediente.

“Trabalhar até morrer?” não é pergunta retórica. Demissão silenciosa, esgotamento e ansiedade estão no radar de qualquer organização responsável — e no prato de quem tenta sobreviver ao excesso com açúcar e café.
Produtividade sustentável começa em cuidado: pausas, alimentação que estabiliza, sono protegido, conversas honestas e programas estruturados de bem‑estar.

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