Ano novo, e agora? Uma conversa sincera sobre metas, autocuidado e próximos passos

Existe algo curioso sobre o início de um novo ano: mesmo que a gente saiba que a virada é só uma troca de data, ainda assim sentimos aquele chamado silencioso para reorganizar a vida. É como se abrisse uma janela interna onde conseguimos ver, com mais clareza, o que queremos manter… e o que já não faz mais sentido carregar.

Mas antes de sair planejando metas novas (e longas listas que mais geram culpa do que movimento) te faço um convite: olhar para o ano que passou com gentileza.

(Você vai precisar de um bloco de tempo disponível, papel e caneta - além de lembrar que pode usar a respiração se esse exercício te trouxer ansiedade)

1º Passo - Voltar para aprender. Inspirado por Sankofa*

Responda com honestidade (não com autopunição):

1. O que 2025 tentou te ensinar? 

2. Quais metas eu realmente tentei colocar em prática?

3. O que funcionou, mesmo que não tenha sido da forma como eu gostaria?

4. O que não funcionou, e por quê?

5. Eu estava cuidando de mim enquanto tentava cumprir essas metas?

6. O que eu conquistei e nem percebi por estar vivendo no automático?

Esse tipo de auto-observação traz uma clareza sobre como nossos hábitos moldam nossa rotina e é a partir de pequenos passos rotineiros que traçamos a caminha rumo ao nosso objetivo. Quando entendemos por que algo não aconteceu, deixamos de interpretar como “fracasso” e passamos a enxergar como informação.

2º Passo: O que eu preciso/ quero fazer? 

Sugiro que responda livremente tudo o que vier à cabeça. Essa resposta te ajuda a pensar melhor nas suas próximas metas. 

3º Passo: Avaliar se essa lista parte de uma pressão externa ou se há um desejo real. 

Uma boa meta acontece levando em conta três coisas: verdade interna; realidade possível; e cuidado com você. Se uma meta exige se violentar para acontecer, ela já começa custando caro demais. Tenta perceber: ao ler o item, o que você sente? vontade de realizar ou angústia? perceber as emoções internas sempre ajuda a decifrar se está seguindo sua vontade ou cumprindo uma performance, algo que esperam de você. 

4º Passo: Tornar essa meta realizável, utilizando a técnica: SMART.  

SMART é uma excelente ferramenta, quando a gente a utiliza como apoio, levando em conta a realidade possível e o cuidado consigo. SMART significa: Specific (Específica), Measurable (Mensurável), Achievable (Alcançável), Relevant (Relevante) e Time-bound (Com prazo definido).

Exemplo: 

Vamos aplicar a meta “quero me alimentar de maneira mais saudável” na técnica SMART.

S - Específica: Consumir frutas diariamente

M – Mensurável: Consumir 3 porções de frutas diferentes no dia. 

A – Alcançável: Acrescentar 1 fruta junto das refeições que já realizo diariamente, e acrescentar na compra semanal a quantidade necessária que preciso para a semana.  

R – Relevante: Aumentar o consumo de frutas me ajudará a ter mais fibras e alimentos in natura no dia a dia e isso faz parte de uma alimentação mais saudável. 

T – Temporal: Começarei hoje e avaliarei na próxima feira se houve consumo das frutas compradas. Não há um prazo para finalizar essa meta. 

Uma meta SMART com autocuidado te apoia, não te adoece, não te pressiona e não te exige ser outra pessoa, só te ajuda a caminhar um pouco mais perto de quem você deseja ser. Você pode desmembrar uma única meta em várias sub metas específicas, mas lembre-se, cabe na sua realidade atual? O que, na sua rotina, precisará abrir espaço para que esses novos passos sejam realizados? Todo começo de ano traz a tentação do “recomeço perfeito”. Mas recomeços reais são feitos de: passos minúsculos, repetição possível, pausas bem-vindas, ajustes honestos e compaixão pelas falhas inevitáveis. 

E se você quiser apoio para fazer isso com mais leveza, a Síncrona nasceu justamente para ajudar pessoas e equipes a construírem rotinas mais sustentáveis, saudáveis e humanas.

Se você ou sua empresa desejam começar o ano com mais clareza e menos cobrança, nós levamos: 

  • Palestras e workshops sobre autocuidado, saúde mental e produtividade real (aquela que não custa sua saúde).

  • Programas e vivências para equipes que precisam reorganizar ritmos, expectativas e formas de trabalhar.

  • Conteúdos aprofundados para quem deseja aprender mais sobre auto desenvolvimento com responsabilidade e base técnica.

*Sankofa: é um símbolo africano, representado por um pássaro mítico ou um coração estilizado que simboliza o retorno ao passado para adquirir conhecimento, sabedoria e herança cultural dos antepassados para, assim, construir um futuro melhor.

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